A Globo voltou a cutucar o governo para cortar recursos de benefícios sociais, como as aposentadorias, e do aumento do salário mínimo. Mas, resposta de Haddad deu invertida na emissora da família Marinho.

Fonte: Revista Fórum
Foto: Créditos: Ministério da Fazenda

Diante da ofensiva da Faria Lima e da mídia liberal, representadas pelo Centrão, contra as medidas econômicas do governo, o ministro da Fazenda Fernando Haddad usou uma metáfora didática para explicar em entrevista ao Jornal Nacional a política de colocar o rico no imposto de renda, como prometeu Lula durante a campanha eleitoral.

O principal telejornal da família procurou Haddad para falar das “alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras”. Na “reportagem”, o JN fez coro aos neoliberais dizendo que “o pacote do governo vem recebendo críticas por não contemplar medidas chamadas de estruturantes, como corte de gastos”.

A Globo ainda voltou a cutucar o governo para cortar recursos de benefícios sociais, como as aposentadorias, e do aumento do salário mínimo.

“Toda vez que aumenta o valor do salário mínimo, aumenta também o valor dos benefícios, porque as aposentadorias e pensões estão vinculadas ao valor do mínimo. Quebrar esse ciclo é o desafio de hoje e é considerado pelos economistas o passo fundamental para equilibrar as contas públicas a longo prazo”, diz a reportagem.

Haddad então listou a série de medidas que estão sendo trabalhadas pelo governo Lula para que o Brasil tenha uma política tributária justa, sem privilegiar os mais ricos.

“Tem uma série de temas que estão já tramitando e que poderiam ser endereçados. Temos a questão dos supersalários, temos a questão da aposentadoria de militares, temos várias questões que podem ser resolvidas em um prazo muito curto. Vamos fazer uma discussão sobre as despesas do governo, mas sentados à mesa. Vamos abrir uma discussão para saber quais são as ideias que têm simpatia do Congresso Nacional para serem levadas à frente. Assim que nós tivermos um inventário dessas iniciativas, vamos poder ter mais clareza do que é possível votar”, disse.

Em seguida, Haddad fez uma metáfora para exemplificar o que o governo está propondo ao aumentar a carga tributária sobre os mais ricos.

“Eu não considero isso aumento da carga tributária, porque a sua vida vai continuar. A vida dos funcionários da empresa onde você trabalha vai continuar a mesma, vai melhorar, sobretudo se ele tiver uma renda mais baixa. Mas nós estamos provocando o morador da cobertura a pagar uma parte do condomínio”, afirmou.