Ao tomar posse, em 2023, Lula lançou o Movimento Nacional pela Vacinação e colocou a saúde da população como uma das suas prioridades

Todas as vacinas do calendário básico estão com estoques abastecidos, em cumprimento à estratégia de retomada das coberturas, que apresentava queda desde 2016. Ao contrário da época em que o então presidente dizia que quem toma o imunizante vira jacaré, em 2024, até novembro, o Brasil registrou crescimento na cobertura de 15 das 16 vacinas para a população infantil.

Desde 2023, segundo o painel de distribuição do Ministério da Saúde, foram enviadas mais de 604 milhões de doses a todos os estados. Lançado em dezembro de 2024, o painel interativo reúne dados detalhados sobre os imunizantes distribuídos pelo governo, reafirmando o compromisso com a transparência e fortalecendo a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS).

A nova ferramenta é mais um passo na consolidação das políticas públicas de imunização no Brasil, com seu grande desafio logístico em razão das dimensões continentais do país. Anualmente, são distribuídas cerca de 300 milhões de doses para todos os 5.570 municípios brasileiros, por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI). É um processo que exige minúcias no planejamento e gestão eficiente.

“Trabalhamos em parceria com os estados, que fazem a distribuição aos municípios. Apesar dos desafios, conseguimos enviar todas as grades de vacinas do calendário básico no mês de dezembro. Temos estoques garantidos, como é o caso das vacinas de meningite e coqueluche, com reservas para atender à demanda dos próximos seis meses”, explica Eder Gatti, diretor do Programa.

Compromisso x negligência
Comprovação da negligência e irresponsabilidade registradas na gestão anterior, em 2023 o Ministério da Saúde retirou o sigilo dos estoques e dos descartes de vacinas e outros insumos. Mais de 12,3 milhões de doses que seriam perdidas foram utilizadas. A iniciativa evitou o desperdício de quase R$ 252 milhões.

Em 2024, a pasta anunciou mais de R$ 7 bilhões destinados ao Plano de Vacina para este ano, além de eventuais novas incorporações. O orçamento permite a compra de cerca de 260 milhões de doses, o que garante o abastecimento em todo o território nacional.

Garantias das demandas da população
As vacinas varicela e tetraviral, que também possui o componente varicela, em razão da escassez mundial de matéria prima, foram as únicas pendências observadas. Segundo Eder Gatti, “esses problemas pontuais serão resolvidos com novos fornecedores”, afirmou. “Garantimos abastecimento inclusive da varicela, que enfrentava pendências. Hoje, contamos com três fornecedores para essa vacina, o que assegura a normalização neste primeiro semestre de 2025”.

Gatti reitera também que o Ministério da Saúde reforçou os estoques de imunizantes Covid-19. De outubro a dezembro de 2024, foram distribuídas 3,7 milhões de doses aos estados, das quais 503 mil já foram aplicadas. Outras 69 milhões de doses poderão ser utilizadas em até dois anos, após a conclusão do pregão para aquisição das novas vacinas. Elas serão entregues de forma gradual, conforme a necessidade, por meio de uma ata de registro de preços, que garante maior flexibilidade e evita desperdício dos produtos.

O Ministério da Saúde tem trabalhado para otimizar o processo de aquisição e distribuição dos imunizantes, com ações voltadas para garantir o abastecimento em todo o território nacional. Dessa maneira, reforça seu compromisso em manter o diálogo com os estados, assegurando o atendimento das demandas da população.

FONTE PT:
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