Água para consumo e desenvolvimento

1 de fevereiro de 2005 Água para consumo e desenvolvimento

A frase histórica mais famosa de que se tem notícia é do tempo do Império, quando dom Pedro II prometeu vender a última jóia da coroa para acabar com a seca. Com o advento da República, ações importantes foram realizadas com a criação do Dnocs e da Sudene – órgãos públicos relevantes no processo de convivência com a seca. Mas chegou a hora de dar um salto de qualidade na solução do problema. O governo Lula pretende honrar o compromisso de redistribuir a água na região, por meio da integração da bacia do Rio São Francisco a bacias hidrográficas do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco. O Brasil sairá ganhando com a iniciativa.

O projeto engloba diversas ações pelas quais o Nordeste deve se unir. Não existe risco de danos ambientais ao velho Chico, nem de prejuízo às atividades econômicas desenvolvidas nos seus 2.700 km de extensão. Pelo contrário, o projeto de integração de bacias contempla a revitalização do rio, recuperação do meio ambiente e obras de saneamento básico nas cidades ribeirinhas, além da captação de água.

A proposta é democratizar o acesso à água, garantindo o abastecimento para consumo humano (12 milhões de pessoas) e animal, diante da perspectiva de esgotamento.

A captação de água será feita abaixo da barragem de Sobradinho, onde a vazão já está regularizada. O volume normal a ser captado é de apenas 1% da água que o rio joga no mar (26 metros cúbicos por segundo).

Em 2004, o governo federal investiu R$ 26 milhões na revitalização do rio e R$ 610 milhões, com recursos da Caixa Econômica, para saneamento básico das populações ribeirinhas. Mais R$ 600 milhões estão reservados para o início das obras este ano.

A integração de bacias é uma conquista do Nordeste para que possamos concentrar esforços em outros fatores de desenvolvimento do nosso povo.

* Artigo publicado no jornal O Povo em 27/01/2005

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