“A relação entre o Brasil e a China nunca foi tão necessária”

Em visita à China, Lula reforça papel do Brasil como ponte entre o Sul Global e defende cooperação entre iguais; presidentes selam R$ 27 bilhões em investimentos para o país
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Pequim para sua quarta visita oficial à China — a segunda neste terceiro mandato — e foi recebido com honras de chefe de Estado pelo presidente Xi Jinping. No Grande Palácio do Povo, sede do governo chinês, os dois líderes selaram um encontro que vai muito além da diplomacia: a visita marca uma inflexão estratégica no papel do Brasil no tabuleiro internacional e traz resultados concretos. Ao todo, R$ 27 bilhões serão investidos por empresas chinesas em áreas-chave do desenvolvimento nacional.
Ao lado da primeira-dama, Janja Lula da Silva, e de uma comitiva de ministros e autoridades, Lula foi recebido com uma cerimônia que incluiu banda marcial tocando “Andar com Fé”, de Gilberto Gil, simbolizando o prestígio internacional do Brasil. “A cultura brasileira, antes desprezada por um governo inimigo da arte, hoje emociona o mundo e é recebida com aplausos”, escreveu Marcelo Freixo, presidente da Embratur, ao compartilhar a cena nas redes sociais.
HISTÓRICO! Presidente Lula é recebido na China pelo presidente Xi Jinping, ao som de “Andar com fé”, de Gilberto Gil. A cultura brasileira, antes desprezada por um governo inimigo da arte, hoje emociona o mundo e é recebida com aplausos. Obrigado, Lula! ❤️ pic.twitter.com/zIUZPRUPVe
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) May 13, 2025
Leia mais: Lula vai à China e à Rússia para compromissos estratégicos do Brasil
Mais investimentos chineses
Após a cerimônia, os presidentes testemunharam a assinatura de atos bilaterais. Lula afirmou que os dois países estão determinados a unir suas vozes contra o unilateralismo e o protecionismo. “A relação entre o Brasil e a China nunca foi tão necessária”, declarou.
“Vamos manter firmes nossos propósitos de assumir responsabilidades pelo progresso da humanidade e pelo desenvolvimento global”, delcarou, por sua vez, Xi Jinping. “Devemos consolidar e aumentar a confiança mútua estratégica […] e tornar nossa parceria cada vez mais substancial e duradoura.”
Entre os acordos, destaca-se o memorando de entendimento que inicia a implementação do Plano de Cooperação Brasil–China, voltado para áreas estratégicas como tecnologia, saúde, infraestrutura e transição energética. O plano articula programas brasileiros como o Novo PAC, a Nova Indústria Brasil e o Plano de Transformação Ecológica com a Iniciativa Cinturão e Rota Chinesa.
A nova fase da parceria prevê cooperação em corredores ferroviários de exportação, produção nacional de medicamentos e vacinas, leilões de estradas, portos e aeroportos, além de inteligência artificial, satélites, cidades inteligentes, energias limpas e gestão ambiental. “Nunca discutimos tantos projetos de forma tão sistemática em tão pouco tempo. Já temos resultados concretos”, comemorou Lula.
Estados soberanos
O aprofundamento da parceria com a China ocorre em um momento de tensão global e evidencia a autonomia brasileira em política externa. Vindo de uma visita à Rússia, onde se reuniu com Vladimir Putin, Lula demonstra que o Brasil não aceitará o papel subalterno a que foi reduzido no governo precedente.
No mesmo período em que o governante norte-americano Donald Trump impõe tarifas elevadas a produtos estrangeiros, o presidente brasileiro consolida alianças com países que respeitam a soberania nacional e oferecem cooperação com ganhos concretos para os dois lados.
Lula também criticou as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza e defendeu uma reforma da ONU que permita à organização cumprir os ideais de paz e direitos humanos consagrados em 1945. Para ele, “a humanidade se apequena diante das atrocidades cometidas em Gaza. Não haverá paz sem um Estado da Palestina independente e viável”.
Diplomacia que abre caminhos
O pacote de investimentos, os acordos firmados e o conteúdo político da visita à China mostram que o Brasil volta a colher os frutos de uma diplomacia ativa, soberana e voltada para o interesse nacional. Lula prova que é possível diversificar alianças, atrair recursos para o desenvolvimento sustentável e reposicionar o país no cenário internacional sem alinhar-se automaticamente aos interesses de Washington.
Num mundo em transição, o Brasil não quer ser satélite. Quer ser ponte. E sob a liderança de Lula, essa ponte está sendo construída tijolo por tijolo — com emprego, tecnologia e soberania.
Da Redação
Fonte: PT
Foto: Ricardo Stuckert
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