A opinião pública, em geral, indaga porque perdemos a eleição de 2004 e, agora, se assiste a um desgoverno em Icapuí: cerceamento de liberdades, nepotismo desenfreado, destruição das políticas públicas, extinção das eleições de diretores de escola, servidores públicos com medo de opinar sobres seus legítimos interesses e se manifestar como cidadãos por causa de atos repressivos. Em síntese; como um povo que participou efetivamente da construção de seus sonhos preferiu eleger seu pior político para decidir sobre seu próprio futuro?

O que fazer? A insatisfação está manifesta nas ruas e praças de Icapuí. Ao mesmo tempo em que consideramos a alternância de poder fundamental para a democracia, conclamamos os formadores de opinião amigos de Icapuí, a juventude, a sociedade civil organizada para uma mobilização contra o estado de retrocesso que se instalou no município e vem causando danos à cidadania, à democracia, à ética e à liberdade; clamamos pela criação, a partir de agora, do movimento ”22 de janeiro para salvar Icapuí”, com o objetivo de congregar cidadãos e cidadãs para a verdadeira defesa de nossa cidade, de nossos valores, cobrando dos atuais gestores atuais transparência na aplicação dos recursos públicos para que a cada aniversário de Icapuí possamos voltar exprimir nosso orgulho de ter visto nossa cidade premiada no cenário nacional e internacional pela gestão da coisa pública de forma participativa, transparente e cidadã.

Nossa gente acolhedora e hospitaleira precisa recuperar sua auto-estima que está sendo destruída rapidamente a olho nu. Precisamos reagir contra esse estado de coisas e não dar adeus à cidadania tão arduamente conquistada e construída dia após dia.

Artigo publicado na edição do jornal O Povo do último dia 21/01/2006