Rio São Francisco, água e esperança

14 de dezembro de 2005 Rio São Francisco, água e esperança

A idéia de transposição de águas do rio São Francisco para o Nordeste, desde que surgiu, ainda no tempo do Império, tem servido a muita polêmica e debates cujos argumentos contrários congregam paixão, interesses e, em alguns casos, pouco conhecimento sobre a abrangência e real amplitude desse importante empreendimento. O governo Lula tomou a firme decisão de realizar a obra, já tão adiada pelos governos anteriores. O projeto foi aperfeiçoado, todos os cuidados ambientais foram tomados e os aspectos legais estão sendo solucionados. O projeto de Integração da Bacia do Rio São Francisco a Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional – que engloba os Estados do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e parte de Pernambuco (Agreste e Sertão) está pronto para começar.

O projeto hoje é uma realidade, graças ao empenho de muitos brasileiros que assumiram o desafio de implementá-lo apesar de todas as resistências. E graças principalmente à visão e à vontade política do presidente Lula que, desde o início, compreendeu a necessidade e a dimensão do projeto.

Não existe ameaça ao rio, pelo contrário, o governo vem investindo pesadamente na sua revitalização. Só uma pequena parte do volume d’água do São Francisco – 26 metros cúbicos por segundo (1% da água que o rio joga no mar) – será captada para garantir o consumo humano e animal na região do semi-árido nordestino. A transferência de volume d’água superior para múltiplos usos só acontecerá nos anos de chuvas abundantes, quando a barragem de Sobradinho (situada antes dos canais de captação) estiver cheia ou vertendo. Somente nesta situação poderá ser captado um volume de água médio excedente de 63 m3/s, ou seja, 2,5% do que vai para o oceano.

É verdade que esta obra não resolverá todos os problemas do Nordeste. Muitos outros fatores hão de se conjugar a essa iniciativa, com o objetivo de promover o crescimento econômico com desenvolvimento humano da região. O governo já está investindo na criação de usinas de biodiesel, na implantação de uma refinaria de petróleo e de uma siderúrgica, além da construção da ferrovia transnordestina que interligará os estados do Piauí, Ceará e Pernambuco aos portos do Pecém e de Suape.

A minha convicção é a de que levar água para o semi-árido nordestino não é apenas uma questão de solidariedade, mas de responsabilidade com o desenvolvimento regional e com a vida de milhões de pessoas. Estou consciente de que o enfrentamento dos sérios problemas que a falta d’água causa à região é necessidade imperiosa de todo o país.

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