Somente após as negociações com os sindicalistas, o presidente Lula anunciou o reajuste do salário-mínimo de R$ 300,00 para R$ 350,00 – um aumento de 16,67%, antecipado para o mês de abril. Esse percentual de reajuste corresponde a quatro vezes a inflação, estimada em 3,95% pelo IPCA-IBGE (índice oficial de inflação do governo federal). É o melhor valor em 25 anos.

Fica ainda mais evidente o processo de recuperação do poder de compra do salário-mínimo quando comparado com a cesta básica. Conforme estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), o novo salário-mínimo poderá comprar, em abril, o equivalente a 1,91 cestas básicas. É o maior poder de compra desde 1979, quando a pesquisa começou a ser feita.

O novo valor vai beneficiar 40 milhões de trabalhadores, aposentados, pensionistas e beneficiários da assistência social em todo o país. Mas o impacto maior será na região Nordeste, onde se encontram 37% dos trabalhadores que recebem salário-mínimo.

Na expectativa do governo federal, serão injetados mais de R$ 15 bilhões na economia, fortalecendo a atividade econômica e contribuindo para o desenvolvimento do país, com distribuição de renda.

Outra novidade está no termo de compromisso assinado entre o governo e as centrais sindicais para instituir uma política permanente de recuperação do salário-mínimo. Até abril, o governo pretende encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de lei com essa finalidade, elaborado por uma comissão formada por representantes do governo, trabalhadores, empregadores e aposentados.

O presidente Lula também anunciou o reajuste de 8% na tabela do imposto de renda – uma boa notícia, principalmente, para a classe média. No ano passado, a tabela já havia sido reajustada em 10%.

As medidas acima são sinais claros de que o país segue o seu caminho, respeitando aqueles que trabalham, produzem e contribuem com desenvolvimento nacional.