Lula lança Brasil Produtivo e Solidário

17 de janeiro de 2006 Lula lança Brasil Produtivo e Solidário

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou no dia (16 janeiro), em rede nacional de rádio e TV, a criação do programa Brasil Produtivo e Solidário, que pretende direcionar as ações governamentais para o incremento da geração de empregos, na melhoria da educação e no combate à miséria, unindo ações das áreas produtiva e social.

O anúncio foi feito ao final de um pronunciamento de 10 minutos, no qual Lula falou sobre a importância da quitação da dívida com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e como seu governo soube conciliar uma política econômica severa com melhorias na vida da população.

“Com equilíbrio e maturidade, o Brasil está conseguindo fazer da política econômica e da política social duas faces de uma mesma moeda, dois pilares de um projeto de nação moderno e humano”, afirmou. Lula lembrou que a quitação antecipada ao FMI (a dívida total vencia apenas no final de 2007) permitirá economia com o pagamento de juros, dinheiro que, segundo ele, será usado em mais investimentos sociais.

“Com soberania, viramos uma página da nossa história. O Brasil vai poder caminhar com as próprias pernas. Isso significa independência e desenvolvimento. Vamos poder investir mais na educação, na saúde, nas estradas”, resumiu.

Lula aproveitou para citar uma série de outras conquistas de seu governo, como maior distribuição da riqueza nacional; aumento de empregos com carteira assinada e da massa salarial; os recordes mensais nas exportações; e os investimentos históricos na área social, que saltaram de R$ 7 bilhões em 2002 (último ano do presidente Fernando Henrique Cardoso) para R$ 22 bilhões em 2006 – dinheiro que, segundo Lula, beneficia diretamente 40 milhões de brasileiros.

O presidente destacou ainda as ações governamentais na área educacional. “A melhoria na qualidade de ensino tem sido e será sempre a nossa prioridade”, afirmou, citando o ProUni; a construção de novas universidades federais e extensões no interior do país; a criação de cursos técnicos federais; e o projeto do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básico), que tramita no Congresso.

Ele falou também sobre o controle da inflação. “Vencer a inflação é antes de tudo defender o dinheiro dos mais pobres e da classe média”, avaliou. Lula disse que, após 36 meses de governo, a estabilidade monetária é uma vitória definitiva e que chegou a hora de dar um novo passo.

Para Lula, os bons resultados de seu governo são fruto de um trabalho “sério, persistente e determinado”. Disse ter consciência de que ainda há muito por fazer, mas ponderou: “Não se resolve em três anos problemas que se arrastam há séculos”.

Durante vários trechos do pronunciamento, o presidente fez questão de demonstrar que a política econômica adotada nunca foi empecilho para o investimento no ser humano. E concluiu:

“Um governo que tem apenas o braço social, não passa de um governo caridoso. Isso é bom, porém insuficiente. Um governo que tiver apenas o braço econômico é pobre em valor humano. A ele faltaria a coisa mais importante: o coração. Vamos continuar como sempre fizemos, governando com a mente e o coração, e 2006, não tenho dúvida, será um ano de muitas conquistas. Um ano em que vamos fazer um Brasil ainda mais produtivo e solidário”

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