À imprensa de Pernambuco, nesta quinta (13), senador Humberto Costa falou do mandato interino à frente do PT e do Processo de Eleição Direta, que vai definir o próximo presidente nacional do partido

O presidente nacional interino do Partido dos Trabalhadores (PT), senador Humberto Costa (PE), visitou a sede do PT em Pernambuco, nesta quinta-feira (13). Ele concedeu coletiva à imprensa, a primeira a jornalistas locais desde que assumiu, no início da semana, a presidência da legenda em substituição à hoje ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann (PR).

O senador destrinchou como cumprirá a interinidade até que esteja concluído o Processo de Eleição Direta (PED), em julho, quando será definido o próximo presidente nacional do PT. Humberto Costa quer que o PED sirva como um “esquenta” para as eleições do ano que vem, que prometem ser “renhidas”, nas palavras dele.

Assista à íntegra da coletiva:

“Os objetivos que a gente tem se colocado são: primeiro, fazer desse PED um processo que seja de ampla mobilização dos filiados, que seja de ampla discussão, que seja uma espécie de ‘esquentar os motores’ para a sucessão do ano que vem, que vai ser uma disputa muito renhida, muito pesada”, descreveu, antes de pregar a mobilização nacional do PT.

Para o senador, o PT deve buscar a unidade partidária para a disputa política nacional, mesmo que isso implique em várias candidaturas à presidência da legenda. De acordo com Humberto Costa, é um processo natural, dada a pluralidade de correntes e orientações ideológicas que tradicionalmente integram o partido.

Agenda progressista do governo Lula

O presidente interino do PT tratou ainda das pautas prioritárias do governo federal para as próximas semanas, como a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês, promessa de campanha de Lula em 2022. O senador disse que as negociações no Congresso já estão em andamento para aprovar a medida.

“Vai atingir em cheio uma parcela da população de classe média, de classe média baixa, trabalhadores, enfim. Eu creio que isso vai ter uma grande repercussão, vai ser uma grande luta política, porque a extrema direita no Brasil é contra isso. Até porque nós estamos vinculando essa desoneração ao aumento da taxação dos super ricos no nosso país”, pontuou.

Outra questão relevante para o governo federal e para as esquerdas é o fim da escala seis por um, que também será debatida pelo Congresso. O presidente do PT considera a matéria capaz de engajar a população brasileira. “São duas bandeiras com muita capacidade de mobilização, que vão envolver o Congresso Nacional, os movimentos sociais, a sociedade de um modo geral”, destacou.

Após a coletiva, Humberto Costa se reuniu com a Executiva Estadual do partido para discutir temas da conjuntura nacional e do Processo de Eleição Direta.

Da Redação

FONTE: PT
FOTO: Henrique Lima