Discurso de Roberto Smith presidente do BNB durante visita do presidente Lula ao Ceará

Cumprimentos
Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva;
Ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes;
Governador do Estado do Ceará, Lúcio Alcântara;
Governador do Estado do Piauí, Welington Dias;
Governador do Estado de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos;
Prefeita Municipal de Fortaleza, Luziane Lins;
Senhores Deputados Federais e Estaduais;
Senhores Vereadores;
Senhores Secretários de Estado e de Municípios;
Senhores representantes de entidades de classe, da sociedade civil e dos trabalhadores;
Senhores representantes de entidades representativas do empresariado nordestino, Clientes do CrediAmigo, CrediAmigo Comunidade e AgroAmigo, ONGS;
meus senhores minhas senhoras.
Quero, em nome dos funcionários e da direção do Banco do Nordeste do Brasil, desejar as boas vindas a todos e a todas que aqui vieram para esta solenidade.
Presidente Lula, é sempre uma alegria poder recebê-lo nessa instituição federal tão emblemática para o desenvolvimento do Nordeste, a ponto de ser carinhosamente conhecida como o Banco Conterrâneo.
Nesta cerimônia onde serão anunciados
o avanço do nosso microcrédito, que ora atinge a cifra de 2 bilhões de reais já emprestados; a liberação de recursos para o Metrofor; e o protocolo da estruturação de financiamento da ferrovia Transnordestina.
Estaremos testemunhando, todos nós Senhor Presidente, momentos importantes de seu governo, mas que apontam simbolicamente para mais adiante.
Revelam o empenho de uma política que colhe resultados impressionantes
Resultados de avanço do crédito fortemente direcionado para o segmento popular, setor historicamente esquecido da até então rebaixada presença do crédito em nossa economia; de apoio a investimentos para a melhoria do transporte público em massa, que, no caso da Região Metropolitana de Fortaleza, atende a significativo contingente da população mais carente; com a decisão do sinal verde para o avanço da Transnordestina, projeto que forma juntamente com a Integração da Bacia do São Francisco o par indispensável para complementar os investimentos em infra-estrutura necessários para alavancar o desenvolvimento da Região e do país; e a garantia de fornecimento de gás para a Siderúrgica do Ceará.
Como o ministro Ciro Gomes tem afirmado, Presidente, acabou-se a política regional do pires na mão que deixava o Nordeste numa posição subalterna desde o governo do presidente Campos Sales na Primeira República.
Em seu governo, os investimentos em infra-estrutura passaram a ser fundamentais para a crescente integração inter-regional e intra-regional. Além disso, o Nordeste vem acompanhando o crescimento das exportações brasileiras, onde se assiste, também, a uma diversificação importante da pauta de exportações de todos os Estados nordestinos.
É válido destacar que fatos importantes vêm ocorrendo. De tradicional perdedor de população, a Região vivencia uma inversão no sentido das correntes migratórias. Se antes eram os nordestinos que iam para o sul e para a Amazônia em busca de vida melhor, hoje o que se vê são gaúchos e paulistas chegando e misturando sotaques e afazeres em diversos territórios da Região.
O aprendizado da convivência com o semi-árido também inaugura novos caminhos para manter a população no campo em condições adequadas de vida.
Estamos falando de crédito, educação e assistência técnica ao homem do campo. O PRONAF, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, saltou em seu governo, Presidente, de três para nove bilhões de reais aplicados . O BNB já atingiu a sua meta comprometida com o Ministério do Desenvolvimento Agrário para este ano.
O Programa de Microcrédito Rural do BNB – AGROAMIGO traz a inovação de romper com a barreira da falta de assistência ao pequeno agricultor familiar, mas permita-me Senhor Presidente aproveitar a oportunidade para fazer um apelo: é necessário aliar o processo de concessão de crédito e de assistência técnica com programas de alfabetização de adultos no Nordeste e no semi-árido. Vamos mexer nessa ferida, Presidente?
Gostaria de afirmar, Presidente, que o Banco do Nordeste do Brasil tem como referencial de suas ações a política econômica do governo. Um dos diferenciais marcantes dessa política tem sido o aumento e a democratização do acesso ao crédito. O Banco vem operando em escala crescente e de forma responsável o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – FNE e já vem buscando novos fundos diante da possível insuficiência desses recursos a partir do ano que vem. Temos em nossa carteira mais de 20 bilhões de reais de investimentos privados projetados para a nossa área de atuação.
Na agricultura familiar devemos fechar o ano-safra com aplicações de aproximadamente 900 milhões de reais.
O CREDIAMIGO, nosso programa de microcrédito, é responsável por aplicação de 550 milhões de reais somente esse ano, e atinge a cifra de 2 bilhões de reais já aplicados desde a sua criação em 1998. Estamos abrindo uma nova frente: o Microcrédito Comunidade.
A qualidade de nossa carteira vem melhorando significativamente e o Banco vem aperfeiçoando os seus mecanismos de governança corporativa. Diminuímos a inadimplência e recuperamos créditos no montante nada desprezível de 2 bilhões de reais em nossa gestão. Tudo isto foi obtido graças ao empenho e profissionalismo dos funcionários do BNB.
Foram conquistadas melhorias nas relações trabalhistas para funcionários e aposentados num ambiente democrático de negociação e respeito.
Presidente, como o senhor representa o acionista majoritário, tenho também que tocar num assunto melindroso: o lucro do Banco. Ele tem sido pequeno se comparado com outros bancos, o senhor sabe disto e o ministro Palocci também. Acontece Presidente, que já pagamos em nossa gestão um bilhão e trezentos milhões de reais de passivos previdenciários, tributários e trabalhistas herdados do passado.
Para termos uma idéia, esse valor é equivalente ao atual Patrimônio Líquido do Banco. Aqui se reproduzem em escala menor os problemas da economia do país, onde o passado condiciona necessariamente a conduta futura.
Reafirmamos, senhor Presidente, o nosso compromisso com a política econômica do Governo. Temos a convicção de que a estabilidade da moeda é o pressuposto que deve nortear os ajustes que nos conduzem pela rota desejada.
A economia repousa sobre a credibilidade e confiabilidade dos contratos que fazem a ligação entre o presente e o futuro. O principal contrato numa sociedade moderna organizada é o da confiabilidade na preservação do poder de compra da moeda. Esta é a variável que recebe a atenção tanto de trabalhadores e sindicatos na busca da preservação dos salários, quanto de empresários em relação aos seus custos e lucros projetados.
Confiabilidade se constrói com transparência de intenções e evitando mudanças nas regras do jogo, o que permite minimizar a incerteza na tomada de decisões de investimentos.
Esta confiabilidade, tem-se revelado como forte antídoto para fazer face às crises políticas oportunistas envolvendo jogos de poder.
Os ajustes econômicos que incorporam as restrições impostas por forte endividamento, comprometimento das contas públicas e fragilidade financeira não são dotados de graus de liberdade que permitam mudanças mais rápidas.
Quando se analisa a realidade perante os riscos envolvidos, e é isso que se faz no dia-a- dia tanto num banco, quanto na condução da política econômica do país, não há como deixar de transparecer como atitude conservadora quando se é Governo.
A irresponsabilidade, muitas vezes, incorpora um componente de felicidade para a qual é recomendável apenas um cuidado: não ser governo.
Mas o ônus de ser governo, sabemos, não implica em deixar de trilhar o caminho de nossa crença numa sociedade melhor e mais justa.
Quando se avaliam os resultados de crescimento da economia, do emprego e da taxa de investimentos; da efetividade da política social; da expansão do crédito e do crédito popular, da queda da inflação, do volume da dívida externa e das reservas do país; é preciso ser míope para acreditar que a política econômica continua a mesma!
O Brasil está mudando, o Nordeste está mudando, e essa mudança tem o seu tempero presidente Lula. Mais do que de números estamos falando de conquistas que se traduzem num crescente bem estar de nosso povo. São conquistas que com certeza tornarão este Natal mais alegre e festivo.
Compartilhe
Recomendados

NEILA É QUEM O POVO…
29 de agosto de 2024Uma caminhada no comércio de Piquet Carneiro marcou o ínicio da campanha da nossa candidata…

PT mais forte na Região…
11 de março de 2024Em uma longa agenda no final de semana na região do Cariri, o presidente do…



NOTA OFICIAL PT CEARÁ
3 de maio de 2022As declarações de Ciro Gomes são de extrema agressividade, capazes inclusive de interditar de vez…

JOVEM, PESTISTA E LOGO IMORTAL,…
18 de abril de 2022O anúncio vindo do presidente da Academia Iracemense de Letras e Artes – AILA Caio…

ELEIÇÕES 2022: Saiba como tirar…
10 de janeiro de 2022O eleitor também pode acionar o Disque Eleitor 148 para esclarecer mais dúvidas. O poder…

Vereadora Petista, Larissa Gaspar, sofre…
27 de julho de 2021A vereadora Larissa Gaspar (PT) foi ameaçada de morte na madrugada desta terça, 27, por…

NOTA DO SETORIAL DE DIREITOS…
7 de maio de 2021O Setorial de Direitos Humanos do PT Ceará repudia a operação policial com maior número…

Partido dos Trabalhadores lança campanha…
7 de maio de 2021Sob o mote “A nossa luta é pela vida de todos”, a campanha está em…

MEU PT – Limoeiro do…
23 de julho de 2019Assista o primeiro episódio da série Meu PT que visitará os municípios do Ceará para…