Brasil sai na frente e aprova Plano Nacional de Recursos Hídricos

31 de janeiro de 2006 Brasil sai na frente e aprova Plano Nacional de Recursos Hídricos

O Brasil é o primeiro país da América Latina a aprovar um plano que parte do princípio da gestão integrada.

De acordo com o secretário Nacional de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, João Bosco Senra, as ações não foram definidas apenas sob a perspectiva da água, mas levam em conta aspectos sociais, culturais, éticos, técnicos, econômicos, entre outros.

O plano brasileiro será apresentado no 4° Fórum Mundial das Águas, a ser realizado no México, entre os dias 16 e 22 de março. Senra destacou que, ao estabelecer diretrizes para o uso racional da água, o país cumpre uma das metas dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, definidas pela ONU (Organização das Nações Unidas).

De acordo com ele, a ONU estipulou o ano de 2005 para que os países-membros elaborassem seus planos de gestão integrada de recursos hídricos.

“O Brasil é um dos poucos países do mundo, o único da América Latina, que está cumprindo essa meta”, ressaltou Senra. Segundo ele, um dos programas prioritários previstos no plano é o de educação ambiental. “Sem dúvida nenhuma, esse é um programa que vai ter um grande efeito junto à sociedade”, avaliou.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, salientou que o Brasil concentra 12% das reservas mundiais de água doce. Ela lembrou que, no entanto, algumas regiões, como o Nordeste e o Sudeste, enfrentam o problema da escassez.

Por isso, destacou a ministra, é preciso buscar formas de garantir o uso racional dos recursos hídricos, e reduzir os impactos negativos causados pela agricultura.

Novo modelo
No dia 31/01 e 01/02, os membros do conselho devem analisar as emendas e destaques apresentados.

Ao abrir a reunião do conselho, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que a aprovação do plano permite ao país dar um passo importante rumo ao novo modelo de desenvolvimento sustentável. A ministra destacou a ampla participação social no processo de elaboração do plano, que levou três anos para ser concluído.

“O plano tem um forte componente de envolvimento da sociedade. Mais do que uma peça técnica é também um processo de negociação e o objetivo principal é o estabelecimento da sua implementação a partir do olhar dos usuários da sociedade civil e dos demais entes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos”.

Segundo a ministra, a próxima etapa, depois da aprovação, é fazer o detalhamento das ações complementares e definir os planos estaduais de recursos hídricos.

As informações são da Agência Brasil.

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