Governo Lula tapa buracos da gestão FHC

18 de janeiro de 2006 Governo Lula tapa buracos da gestão FHC

Em entrevista no dia 17/01, o deputado Henrique Fontana do PT (RS), rebateu as afirmações da oposição sobre um suposto interesse eleitoral do governo na liberação de verbas para investimentos e afirmou que a atual gestão trata de, na verdade, “tapar os buracos” que herdou do governo tucano.

O líder também analisou que, se tucanos e pefelistas tivessem feito mais políticas habitacionais, o Brasil teria menos buracos “também no déficit habitacional que nós enfrentamos”, disse.

Segundo o líder, as críticas da oposição têm duas vertentes. “Uma é o medo de comparar os dados entre os dois governos, onde o nosso apresenta resultados muito superiores em praticamente todas as áreas, quando comparado com o governo FHC. Outra é uma tentativa de interditar o ato de governar que o presidente Lula deve exercer com toda a liberdade e legitimidade porque foi eleito com 52 milhões de votos para governar o país”, afirmou.

A seguir, os principais trechos da entrevista.

Investimentos

Nós estamos tapando diversos buracos que herdamos do governo anterior. Nós tivemos que tapar o buraco da dívida com o FMI, tivemos que reestruturar uma política de habitação no país. Por exemplo, em 2002, último ano do governo que hoje nos critica, o Brasil investiu R$ 6,5 bilhões em habitação popular. Nós evoluímos para R$ 8,4 bilhões em 2003, R$ 10,5 bilhões em 2004 e finalmente chegamos a R$ 13,5 bilhões, o que é mais que o dobro daquilo que foi investido no governo anterior. O que me consta que 2005 não é um ano de eleições. Se em 2006 nós conseguirmos partir para R$ 15 bilhões ou R$ 16 bilhões é tudo que o Brasil pode desejar, porque quanto mais investimentos em habitação menos pessoas sofrendo por não morar em condições dignas.

Déficit social

O governo Lula está enfrentando, na verdade, o déficit social que o Brasil tem, inclusive em habitação. Em 2006, chegamos perto de 640 mil famílias com programas de habitação popular. Ou seja, mais de que o dobro do governo anterior. Na minha opinião, temos uma caminhada longa, o déficit social do Brasil é muito grande, tanto no volume de empregos como em saneamento e habitação, e isso é fruto de que, em muitos anos, o Brasil teve um investimento inferior ao que deveria ter. Os buracos que estamos tapando hoje se abriram ao longo de dez anos, por conta de um apagão que aconteceu durante o governo FHC. Nós temos de ir superando ano a ano as metas de investimentos para termos mais políticas de investimento em infra-estrutura e em políticas sociais.

Políticas públicas

Eu acho que o Brasil gostaria mais de que no último ano do governo tucano e pefelistas eles tivessem feitos também políticas habitacionais para 640 mil famílias. O Brasil teria menos buracos também no déficit habitacional que nós enfrentamos. O que nós temos dito é que as políticas de interesse público precisam ser executadas. Por exemplo, restaurar estradas é uma necessidade do Brasil. Construir habitações popular é uma necessidade do Brasil e é isso que o governo Lula está fazendo.

Críticas da oposição

Essas críticas têm duas vertentes: uma é o medo de comparar os dados entre os dois governos, onde o nosso apresenta resultados muito superiores em praticamente todas as áreas quando comparado ao governo FHC. A outra é uma tentativa de interditar o ato de governar que o presidente Lula deve exercer com toda a liberdade e legitimidade, porque foi eleito com 52 milhões de votos para governar o país. A menos que eles queiram proibir o presidente de governar no último ano do seu primeiro mandato, que eu espero que ele continue com o próximo mandato. Pagar uma dívida antecipada com o FMI e economizar US$ 900 milhões é uma maneira de podermos investir mais, e isso temos que fazer a cada ano. As críticas da oposição tentam confundir a cabeça de uma parte dos brasileiros, mas quando eles vêem as casas sendo construídas, as estradas sendo efetivamente recuperadas, percebem que isso é bom para ele, e não essa disputa de bate-boca eleitoral que não nos leva a lugar nenhum.

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