Guimarães confiante que será absolvido pela Assembléia

12 de dezembro de 2005 Guimarães confiante que será absolvido pela Assembléia

O deputado José Guimarães (PT) afirmou que está confiante na sua absolvição pelo plenário no processo disciplinar que enfrenta na Assembléia Legislativa. Na última quinta-feira, o Conselho de Ética da Casa aprovou pedido de cassação do parlamentar petista, apesar de não ter obtido nenhuma prova de ato que caracterizasse quebra de decoro parlamentar. O resultado é visto como meramente político e conquistado através de uma forte movimentação por parte do PSDB.

Guimarães não recorreu da decisão do Conselho, permitindo assim que o trâmite do processo seja mais ágil. O objetivo é fazer com que a matéria seja votada pelos deputados em plenário o quanto antes. Uma reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, nesta terça-feira, definirá pela legalidade da decisão do Conselho. Depois disso, a decisão, já como projeto de resolução, segue para a Mesa-Diretora, que o coloca na pauta de votação.

Os deputados aliados de Guimarães trabalham para que a votação aconteça na quarta-feira, um dia antes do fim do período legislativo na Casa. Já o PSDB vai manter sua estratégia de prolongar ao máximo o processo contra Guimarães. A preocupação dos tucanos é desgastar ao máximo Guimarães e criminalizar o PT, estendendo o caso até 2006, por interesses eleitorais.

Em seu pronunciamento, Guimarães fez uma retrospectiva de todo o processo que envolveu seu nome, no que chamou de uma “maratona de cinco meses”. Ele lembrou que o PSDB apresentou representação com duas acusações. A primeira delas, no caso da prisão do ex-assessor, foi rejeitada pelo Conselho de Ética e arquivada por unanimidade.

No caso da segunda acusação, o repasse de R$ 250 mil pelo Diretório Nacional do PT para pagamento de dívidas da campanha do PT ao Governo, em 2002, os deputado fizeram todas as investigações que acharam necessárias. “Os deputados trabalharam à vontade. Como não temo a verdade, não me curvei às investigações. Não houve uma testemunha que depusesse contra mim. Tudo que eu disse foi confirmado”, lembrou Guimarães.

A subcomissão, com base nos depoimentos e documentos obtidos, absolveu Guimarães da acusação de quebra de decoro. Entretanto, na votação do Conselho de Ética, foi aprovado um voto em separado do deputado Adahil Barreto, do PSDB, pedindo a cassação de Guimarães. Na sua argumentação, Barreto afirmou que Guimarães sabia que o dinheiro vindo do Diretório Nacional teria origem ilícita. “Como eu iria saber disso? Nem a Polícia Federal sabe disso até hoje? Isso é uma brutalidade!”, disse o petista em tom de indignação.

“Não há coisa pior do que ser injustiçado. Não há nada piro do que perceber que não há senso de humanidade”, prosseguiu Guimarães, que fez um apelo aos deputados: “Atenham-se às provas do processo!”.

O parlamentar ressaltou a existência de interesse político na sua cassação. “Querem me aplicar a pena capital porque não querem que eu interfira no processo eleitoral do 2006. Mas não posso ser condenado por algo que não fiz”, disse.

Veja fotos e vídeos

Fonte: Assessoria de Comunicação Social

Compartilhe

Recomendados

Sem categoria
Nota oficial do Partido dos…
26 de agosto de 2022