Lula anuncia R$ 22 bi para área social em 2006

9 de dezembro de 2005 Lula anuncia R$ 22 bi para área social em 2006

Lula disse que os investimentos foram ampliados porque a área é prioridade. “Em meu governo, a política social deixou de ser apenas condimento e passou a ser prato principal”, disse.

Em seu discurso, Lula também falou dos resultados positivos registrados em seu governo, como o aumento da geração de empregos e das exportações, e da importância da relação de confiança entre sociedade e governo para a construção de projetos sólidos e benéficos ao país.

“O exercício do mandato do presidente da República tem prazo para começar e terminar. De vez em quando aparece um engraçadinho querendo interromper o processo, achando que a democracia não tem que ser respeitada. O mandato tem começo, meio e fim, mas a relação de confiança entre presidente e povo não pode ter fim, senão a gente não consegue construir aquilo que nos motivou a construir a aliança”, disse, referindo-se aos políticos que defendem à interrupção de seu mandato.

Ainda fazendo referência a esse assunto, Lula deixou um recado àqueles que são contra a sua permanência na presidência.
“Da mesma forma que um grande empresário pode ser presidente da República, respeitado pelos trabalhadores brasileiros, um trabalhador pode ser presidente da República, respeitado pelos outros segmentos da sociedade. Da mesma forma que um intelectual pode ser presidente da República e a democracia exige que todos nós respeitemos aquele que foi eleito, é preciso que alguém que não seja universitário possa ser eleito presidente da República”, finalizou.

São Francisco

Lula voltou a defender a importância da revitalização e da interligação das águas do Rio São Francisco à bacia setentrional do Nordeste. Segundo ele, levar água a cerca de 12 milhões de brasileiros que sofrem com os efeitos da estiagem e dependem de caminhão-pipa para sobreviver é uma necessidade urgente.

“Muitos criticam por interesses políticos, porque o dado concreto é que se tivessem tido a preocupação com o Rio há vinte ou trinta anos, não tinham permitido transformar todo o cerrado em carvão, e que as cidades jogassem esgoto no rio”, disse.

O presidente afirmou que, embora o projeto do São Francsico esteja bem elaborado, o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, está disposto a continuar o diálogo com todos os setores da sociedade.

No discurso, que durou quase uma hora, Lula também falou dos avanços alcançados por seu governo no sentido de promover a integração da América do Sul.

“Resolvemos transformar, em nosso governo, a política de integração teórica em uma política de integração prática, fazendo com que o Brasil cumpra o papel de maior economia da América do Sul. E fazer esta integração, sem querer a hegemonia dessa relação, é um desafio que precisa muita humildade na relação com as pessoas”, disse.
Ele anunciou que em breve a Venezuela e o México farão parte do Mercosul. “Juntos, poderemos fazer muito mais coisas nas nossas relações internacionais.”

O presidente afirmou ainda que reeleição e verticalização de coligações não são suas “paixões”.

No dizer de Lula, o apoio político só deve acontecer se eleitoralmente for interessante para os partidos, pois, segundo ele, a história mostra que nem sempre é possível conseguir apoio e ganhar as eleições por conta da verticalização (medida que obriga os partidos a seguirem nos Estados as alianças firmadas em nível nacional).

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