Alfabetização e Cidadania

10 de novembro de 2005 Alfabetização e Cidadania

Apesar de termos avançado nos últimos anos na implementação de programas e políticas públicas de erradicação do analfabetismo, dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), revelam que os esforços Brasil ainda são insuficientes para alcançar os objetivos.

A quarta edição do Relatório Global de Monitoramento da Educação para Todos, emitido pela Unesco, inclui o Brasil no grupo de 12 países onde vivem 75% de todos os analfabetos do mundo. Integram a lista Índia, China, Bangladesh, Paquistão, Nigéria, Etiópia, Indonésia, Egito, Irã, Marrocos e República Democrática do Congo. A pesquisa mostra que 20% dos adultos do planeta são analfabetos. Entre as pessoas com idade entre 15 e 24 anos, 132 milhões são analfabetas funcionais.

Porém, o relatório da Unesco destaca aspectos positivos na política nacional de combate ao analfabetismo, por exemplo, reconhece o esforço que o governo brasileiro tem feito para reduzir dos números do analfabetismo, considerado pela organização com um dos melhores da década. Nos últimos três anos, o programa “Brasil Alfabetizado”, do governo federal, atendeu 5,5 milhões de pessoas. Lançado em 2003, o programa “Brasil Alfabetizado” tem por objetivo a inclusão educacional de jovens e adultos.

Em 2004, o programa investiu R$ 168 milhões na ampliação do período de alfabetização de seis para até oito meses; no aumento de 50% dos recursos para a formação dos alfabetizadores; estabelecimento de um piso para a bolsa do alfabetizador, aumentando a quantidade de turmas em regiões com baixa densidade populacional, e em comunidades populares de periferias urbanas, além da implantação de um sistema integrado de monitoramento e avaliação do programa; maior oportunidade de continuidade da escolarização de jovens e adultos, a partir do aumento de 42% para 68% do percentual dos recursos alocados para estados e municípios.

A expectativa do Ministério da Educação (MEC), com a continuação do programa “Brasil Alfabetizado” é chegar até 2015 com uma taxa de analfabetismo próxima de 5%, ou seja, metade dos números apresentados atualmente, em torno de 10%. O combate ao analfabetismo tem sido meta prioritária no governo Lula. A construção da cidadania passa necessariamente pela inclusão educacional. O desafio de erradicar o analfabetismo no Brasil, entretanto, não é apenas do poder público, mas também da sociedade civil organizada, que já vem colaborando enormemente para possibilitar a que milhões de brasileiros tenham o direito a ler e escrever.

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