Sim, ao desarmamento

28 de setembro de 2005 Sim, ao desarmamento

A pergunta é simples: o comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil? A resposta “Sim” dá seqüência à política de desarmamento que vem sendo defendida pelo governo Lula e entidades da sociedade civil. O oposto “Não” mantém tudo como está, sendo livre a comercialização de armas e munição.

A aprovação do Estatuto do Desarmamento pelo Congresso, em 2003, e a campanha de recolhimento de armas, que teve início em julho do ano passado, incorporam o desejo de paz da sociedade brasileira. Até agosto, foram recolhidas 440 mil armas de fogo. A adesão da população foi cinco vezes maior do que a meta de recolher 80 mil armas.

Quanto ao referendo, pesquisa (CNT/Sensus) realizada com duas mil pessoas, neste mês, revela que 72,7% dos brasileiros defendem o fim do comércio de armas e munição, decidindo pelo voto “Sim”.

A opção do governo Lula pelo desarmamento tem-se mostrado importante para preservar vidas. Apesar do curto espaço de tempo, a experiência já permite vislumbrar um futuro menos violento.

Pela primeira vez em 13 anos, registrou-se queda no número de mortes por arma de fogo no país. O Ministério da Saúde revela que 3.234 vidas foram poupadas, comparando-se o ano passado com 2003.

Isso representa uma redução de 8,2% no Índice Nacional de Óbitos por Armas de Fogo, pesquisado pelo Ministério. A queda no número de mortes aconteceu em 18 estados e foi mais acentuada naqueles em que o recolhimento de armas mostrou-se maior.

O voto no “Sim” é, portanto, um grande passo da sociedade brasileira em direção à cultura da paz. Quem possui arma de fogo sob o pretexto da defesa pessoal ou da família, deve repensar o argumento. As pesquisas mostram que o uso da arma de fogo, conjugado ao despreparo físico-psicológico do cidadão (a), diminui as chances de sobrevivência numa possível reação a assalto.

Lembre-se, ainda, de que o cidadão de bem está sujeito a momentos de desespero. O simples acesso a uma arma poderá modificar totalmente o desfecho de situações diversas e até cotidianas.

No dia 23 de outubro, vamos votar no “Sim” pelo desarmamento, pela paz e preservação da vida.

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