Fortaleza turística

12 de setembro de 2005 Fortaleza turística

A existência de um órgão de turismo na Prefeitura de Fortaleza é indiscutível, no entanto, a opção por uma secretaria dificultará a implantação das decisões na velocidade que as questões econômicas e socioespaciais geradas pela cadeia produtiva do turismo requerem, pois essa personalidade administrativa é tradicional e burocratizada.

O cenário contemporâneo apresenta aos gestores municipais o desafio de enfrentar as mudanças turbulentas da globalização e seus impactos sociais; as novas necessidades tecnológicas e o aumento da competitividade empresarial; e a crescente pressão da comunidade por melhores condições de vida e trabalho. Para vencer esse desafio, é preciso por em marcha objetivo e factível processo de desenvolvimento local.

Na década de 1990, Fortaleza foi alvo de uma significativa reestruturação da sua base econômica, contudo sem o controle e apoio adequado do setor público. Por isso, urge a necessidade de políticas que inovem produção, gestão e comercialização; captação de investimento e capacitação de recursos humanos; e de políticas destinadas à geração de ambientes inovadores sustentados numa concertação entre os agentes públicos e privados, visando o fomento empresarial e social.

É nesse contexto que aparece a figura de uma agência de desenvolvimento e modernização da base econômica da cidade de Fortaleza, com personalidade de companhia de economia mista, como mais apropriada que uma secretaria de turismo, pois, dentre outras coisas, aquela possui a qualidade de mediar com maior desenvoltura as necessárias relações entre os governos federal, estaduais e municipais e instituições públicas, as empresas e as organizações da sociedade civil. Com esse novo instrumento cria-se as possibilidades de aproveitamento das vantagens e das potencialidades das administrações pública e privada, visando alcançar os objetivos para os quais se requer a colaboração, incluindo, a participação dos interessados e dos afetados pelos projetos.

Definitivamente, o desafio consiste em criar uma ferramenta de gestão que expresse um novo ponto de encontro público-privado e que, através das mais variadas e crescentes competências, se possa contribuir para a modernização e o desenvolvimento tendo o turismo como uma âncora de crescimento e de viabilização de outros setores econômicos.

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