A reeleição de Dilma teve o aval da Rússia, uma vez que o país era o responsável pela indicação

A ex-presidente Dilma Rousseff foi reeleita chefe do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco do Brics. Seu mandato, que começou em março de 2023 e segue até julho deste ano, foi estendido por mais cinco anos, por unanimidade. 

“Fui reeleita. Eles indicaram e o ‘board’ [conselho, em inglês] aprovou por unanimidade”, anunciou Rousseff durante um evento realizado em Pequim neste domingo (23). A sede do NBD fica em Xangai, a mais de mil quilômetros da capital chinesa. “Quando eu assumi, este banco não tomava empréstimos havia 16 meses. Agora estamos bem. Quando você não tem liquidez, você não investe. Ou seja, também não fazia empréstimos”, afirmou.

A presidência e as vice-presidências do NBD é revezada entre os membros fundadores do Brics: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O banco foi oficialmente estabelecido em 2015 e apoia o financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países-membros.

A reeleição de Dilma teve o aval da Rússia, uma vez que o país era o responsável pela indicação. No ano passado, o presidente russo, Vladimir Putin, elogiou a atuação da brasileira frente ao banco, durante um evento em São Petersburgo.

A indicação faz um gesto importante ao governo brasileiro, mas também dá um respiro de mais alguns anos para a Rússia assumir o comando do banco, já que agora está em guerra com a Ucrânia e sofre sanções comerciais.

Edição: Nathallia Fonseca

FONTE: BRASIL DE FATO
FOTO: Alexander Nemenov/POOL/AFP